domingo, 4 de agosto de 2013

Opinião: “Por que eu prefiro a DC Comics?”


Quando converso com amigos que não tem o costume de ler quadrinhos, que conhecem super-heróis apenas através do universo cinematográfico da Marvel nos cinemas, e afirmo que gosto mais da DC Comics, sempre dizem achar a Marvel melhor - por conta da popularidade dos filmes – e me perguntam me perguntam o porque preferir a DC Comics.

Confesso em dizer que tive meus momentos de leitor da Marvel, onde pude acompanhar histórias dos X-Men que é de longe meu título preferido da casa das ideias. Mas mesmo durante esses momentos de leitor da Marvel que tive e pude expandir meu conhecimento do universo Marvel, meu lado DC Comics sempre foi mais forte. Os dois principais heróis da Editora das Lendas sempre me acompanharam desde minha infância.

Pude conhecer através de um VHS – que guardo até os dias de hoje - do meu tio e virar um grande fã do Superman desde meus 4 anos, assistindo Superman IV – sei que o filme é pobre mas quando criança me amarrava em assistir – e um pouco mais tarde acompanhar na televisão as séries animada do Superman criada por Bruce Tim. Pouco tempo depois, também conheci a série animada do Batman – de mesma autoria de Bruce Tim - e pude perceber a perceptível diferença de ambientação do universo do Batman tanto no desenho, como mais tarde nos seus filmes dirigidos por Tim Burton, que eram bem diferentes da de Metrópoles. Apesar de não saber quando criança que ambos eram da mesma editora, Superman sempre estava a frente de Batman para mim. 
Era o meu super-herói preferido e ponto final. Eu não discutia. Acho que a ideia de existir um personagem que possa voar e ter super força é algo que cativou não apenas a minha imaginação, mas também a de qualquer garoto no mundo naquela idade.

Mas saindo um pouco da influencia da mídia do cinema e também da televisão, para explicar de um modo plausível a pergunta do post e também para não ficar muito obvia a resposta, tenho que retroceder minha trajetória com os quadrinhos na minha adolescência. Que por curiosidade começou com um herói da Marvel.

Antes de acompanhar quadrinhos, lembro-me em folhear algumas edições formatinho de Superman, Homem-Aranha e X-Men que meu tio guarda em uma caixa de papelão mesmo antes de eu aprender a ler. Lembro que não era muita coisa mas apesar de não ler nada, gostava de ver os desenhos e imagina o que eles estavam falando nos balões me baseado pela ação da ilustração. Sempre que entrava em bancas de revistas junto com meu pai, pedia-lhe para comprar um exemplar de X-Men, que sempre paravam no lixo no dia da faxina que minha mãe fazia em meu quarto. Triste final esses quadrinhos tiveram. Dizia ela não gostar dos desenhos da revista e deixava eu ficar apenas com os quadrinhos da Turma da Mônica. 

Na minha adolescência, por conta de 2006 com a ausência de mangás que chamavam a minha atenção nas bancas – acompanhei mangás desde o inicio dos anos 2000 – voltei a me interessar por quadrinhos de super-heróis e ainda por não trabalhar, comprava títulos alternados dos heróis que mais gostava. Isso valia tanto para títulos da DC Comics como da Marvel. Mas no futuro isso meio que mudou um pouco.

Nesse mesmo ano em 2006, minha prima de terceiro grau havia se casado com um rapaz chamando Thomas e fui junto com minha mãe visita-los. Ao contrário de mim, Thomas era muito mais fã da Marvel e por conta disso tinha mais títulos Marvel do que da DC. Mas mesmo assim logo me ficávamos amigos o que me faz relembrar que nossa amizade começou apenas ele me perguntado se eu curtia games e logo em seguida quadrinhos. Sua coleção de revistas formatinho era gigante.

Eu demostrava o meu favoritismo e defendia Superman e companhia, ele demostrava o quanto gostava da Marvel e o quanto gostava desde criança do Homem-Aranha. Para mim existia Liga da Justiça e para ele Vingadores.

Com o passar dos tempos de tanto conversarmos sobre quadrinhos, de ele me flava de arcos, mitologias, sagas e até me deixava folhear seus quadrinhos. Cada vez mais eu estava conhecendo a mitologia do Universo Marvel.

O que me fez pensar em optar de lado e querer defender lado da Marvel na época, nem foi o meu amigo Thomas, o que deixa a balança equilibrada porque na escola eu tinha um amigo que defendia da mesma forma que eu a  DC. O que me influenciou mais foram a trilogia dos filmes dos X-Men que eu tanto curtia assistir.

Descobri como uma mídia pode influenciar e muito as pessoas. E isso se aplica nos dias atuais com o universo cinematográfico da Marvel Studios. Além do mais, eu estava cometendo um grande erro em querer avaliar os quadrinhos pelo resultado da popularidade dos filmes. Querendo ou não, são mídias e públicos totalmente diferentes. Ou seja, eu estava avaliando igual um júri popular. Se a Marvel possuiu mais filmes, é porque é melhor do que a DC que tem poucos. Isso um pensamento meu na época antes  mesmo de existir universo compartilhado nos cinemas.

O veredito é que eu havia esquecido a importância e o quanto Superman significou  para mim na infância, que em muitas ocasiões quando pequeno me espelhei nele. E que mesmo lendo muito Marvel na época, lá no fundo ainda existia o fã da DC vivendo em mim.

Com o desfecho da trilogia do Batman do Nolan em 2012, The Dark Knight Rises havia me lembrado o quanto os heróis da DC e seus princípios foram importantes para mim na infância que me passaram durante todos esses tempos e que aqueles eram o heróis que mais importavam para mim. O real motivo que me fez ser fã de Superman ou a vilania dos vilões cativantes do Batman e o surgimento da primeira heroína, a Mulher-Maravilha, as batalhas intergalácticas de Hal Jordan, o verdadeiro velocista e o que mais importa, o Flash. E com tudo isso, a Era de Prata que me enche os olhos.

Reparei que a maioria dos super-heróis que eu gostava, era da Editora das Lendas, o ícone que eles representam ao heroísmo nos quadrinhos. Não que a Marvel também não tenha feito isso e que não trouxe mudanças e evoluções para o mercado americano de quadrinhos. Digo que a Marvel também é de extrema importância, que não tenho nada contra ela e gosto de alguns de seus títulos.

Mas para finalizar e responder a pergunta do post, que fiz tanta volta no tempo como disse que iria fazer no inicio do post, eu prefiro os super-heróis da DC pelo que eles representam para mim hoje e o que representaram ainda mais na minha infância. Algo que eu havia esquecido tempos atrás. Não optei por defender a DC de volta por conta do filme The Dark Knight Rises. Com a chegada do reboot New 52 no Brasil em 2012, pude conhecer suas origens, histórias e a filosofia – por mais que houve muitas mudanças - de seus super-heróis e que tanto me cativaram durante anos. Junto com esse reboot pude conhecer super-heróis do segundo escalão da DC Comics que me despertou ainda mais interessante pela editora.

Digo que estou satisfeito em defender a DC, ao lado dos meus super-heróis preferidos de longa data. Sei que as duas editoras tem filosofias diferentes, heróis diferentes, histórias diferentes. As duas editoras aprenderam todos esses tempos coisas uma com a outra. Mas em minha opinião que vos escrevo hoje, eu conclui que eu acho a DC Comics melhor do que a Marvel. E fãs de quadrinhos, aceitem isso, pois é uma questão de gosto. E para quem teve paciência em ler este post aqui até o fim, resumo em um pequeno exemplo popular. Escolher qual editora de quadrinhos lhe representar no mundo nerd é igual para alguém em ter que escolher um time de futebol. Fica aqui essa ideia.

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