Antes
de tudo gostaria de esclarecer que não odeio The Big Bang Theory. Para mim a descoberta de uma série onde o
retrato do cotidiano, com personagens nerds
era algo totalmente nunca visto por mim antes. Ver aqueles estereótipos na
tela, e perceber o quanto eu me encaixava com eles era de me fazer rir. Aquela
altura no final de 2010, quando a série estava no inicio da sua 4ª temporada o
termo “ser nerd” não era algo
conhecido e popular entre as massas.
The Big Bang Theory entre os seus altos e baixos, com formulas já cansadas e repetidas para qualquer pessoa que assim como eu, acompanha até hoje, se tornou algo exaustivo. E até de certo modo faz querermos que a série acabasse de uma vez. Algo que pelo menos acontece comigo é ter o meu pensamento divido com a melancolia de que vou ter quando a série se encerrar. Ter a história de TBBT encerrada é algo a ser feito já pelo menos duas temporadas atrás na minha opinião. Lembrando que a atual 12ª temporada foi declarada ser a ultima da série.
Mas a grande questão é: “Qual resultado The Big Bang Theory nos deixou?”.
The Big Bang Theory entre os seus altos e baixos, com formulas já cansadas e repetidas para qualquer pessoa que assim como eu, acompanha até hoje, se tornou algo exaustivo. E até de certo modo faz querermos que a série acabasse de uma vez. Algo que pelo menos acontece comigo é ter o meu pensamento divido com a melancolia de que vou ter quando a série se encerrar. Ter a história de TBBT encerrada é algo a ser feito já pelo menos duas temporadas atrás na minha opinião. Lembrando que a atual 12ª temporada foi declarada ser a ultima da série.
Mas a grande questão é: “Qual resultado The Big Bang Theory nos deixou?”.
Há
quem diga que hoje “ser nerd” se
tornou algo popular, legal e “aceito” na atualidade. Outros dizem que os
efeitos apesar de terem sido satisfatório para a cultura pop, originou-se a
“Geração Bazinga” - uma clara referência ao Sheldon
Cooper, um dos personagens da série - e a bolha da cultura pop, onde quer
que vamos, somos metralhados por “conteúdos” nerd.
Mas
não é de TBBT que quero escrever a respeito neste post. O que claramente quero ligar
com a série é o quanto e até onde vai durar esta “moda nerd”. Posso parecer aquele nerd
velho e chato querendo dizer que a nova geração não pode curtir o que curto.
Defendo que podem curtir sim, mas garanto que mais de 80% - posso está até
chutando baixo – vai deixar de consumir filmes, séries, games e quadrinhos
quando essa “moda” passar. Muitos adolescentes que hoje se dizem nerds, só estão nesse barco porque é o
“estilo” da moda. E ser nerd nunca foi
estilo, e quanto mais moda. Defendo que ser nerd
não é algo que sou “convertido” ou passei a ser um. Ser nerd é algo que nós descobrimos quando
somos. Geralmente isso aconteceu com as gerações que, no passado apenas curtiam
coisas que a grande maioria não dava importância e quando encontrava um seleto
pequeno grupo que tinham algo em comum, se sentiam um pouco mais respeitados.
Meu
caso foi que antes de conhecer o termo, nerd
em 2009, com o nerdcast eu apenas
gostava de filmes, games, animes e etc. Eu era apenas mais um que durante a sua
infância/adolescência, não se encaixa nos grupos mais comuns na escola, e que
quando encontrava pessoas com o mesmo gosto, se sentia um pouco mais
confortável de conversar sobre esses assuntos. E não existia isso de moda nerd. No meu caso, eu claramente já era
um nerd, e por desconhecer o termo, não sabia. E ouvindo o nerdcast, vi que me encaixava com tudo
aquilo que ouvia nos podcasts com o Alexandre, Azaghal e companhia.
Acredito
que a bolha possa está com os seus dias contados. Pois o que fez a mesma
crescer foi o tal surgimento do universo compartilhado da Marvel nos cinemas,
que arrisco falar que foi o primeiro filmes dos Vingadores em 2012. Existe uma
clara quebra de paradigma, quando esse filme surgiu e passou a ser a coisa mais
irada do momento. E para piorar, a grande maioria das pessoas desconhecem os
heróis nas historias em quadrinhos. Suas origens, fases, ideologias e
ensinamentos. Para eles só conta e vale o que está nos cinemas. O que gerou o
maior câncer fandom na internet, onde
antes era um território que se podia fazer amizade e conversar, virou uma zona
de guerra e ofensa igual acontece com os torcedores de futebol. Não sou uma
enciclopédia dos quadrinhos, mas com o que conheço já li muitas besteiras em
grupos e fóruns, onde a gurizada só se baseia pelos heróis que assistem nos
filmes. Ou seja, não conhecem, não pesquisam e falam besteira antes de saber.
E
por conta desses filmes, o mercado editorial de quadrinhos aqui no Brasil,
virou uma mina de ouro para as editoras. Preços exorbitantes por uma revista
como se fosse uma edição rara, ou edições de capa dura com lombadas que formam
um desenho panorâmico que na verdade destruiu o termo graphic novels. Todo esse efeito cascata por conta que é ser nerd hoje, virou “moda”.
Neste
ano de 2018 assistimos o inicio do desfecho desse grande evento da Marvel nos
cinemas e cá entre meus botões essa geração que viu o surgimento do MCU, logo
em seguida vão migrar para outra moda ou mudar os seus interesses como costuma
acontecer, pois vão deixar de serem os adolescentes publico alvo. Essa geração
pelo que sabemos nos dias de hoje, tudo é descartável e de rápido interesse. Não
vão mais ter interesse em ver outro grande evento de super-heróis nos cinemas.
O MCU
vai acabar. TBBT vai acabar. As séries de heróis vão enjoar. E igual uma
criança que está descobrindo o mundo, qualquer coisa nova é uma novidade melhor
do que a anterior. Essa geração não tem o espirito nerd de verdade. São
apenas consumidores. E para consumidores, o que está na moda hoje, amanhã não
mais vai ser.
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