terça-feira, 12 de outubro de 2021

Análise: Tomb Raider (2013) - PC


Estamos próximos de completar uma década de lançamento deste remake de Tomb Raider, que para mim, que nunca havia tido a experiência de jogá-lo antes, tive o gostinho parecido de jogar ele como se fosse um lançamento, neste exato ano que a franquia completa 25 anos. E é curioso lembrar que joguei o Tomb Raider original, do início até o fim pela primeira vez em 2016 (analise escrita apenas na Steam) quando a franquia fazia 20 anos. Pode parecer algo planejado, mas foi coincidência eu jogar o remake apenas agora em 2021, ano que consegui uma máquina boa para rodar jogos da 7ª geração. Então não vejo melhor momento que este para escrever esta pequena analise. Analise que já havia prometido a mim mesmo escrever, desde quando terminei o jogo em abril, pois tinha que escrever antes do ano acabar.

Sou o tipo de jogador que adora parar por algum momento durante o jogo e ficar olhando os detalhes do cenário, iluminação, paisagens e a vida dentro daquele ambiente. E jogando o remake de Tomb Raider eu consegui perceber e sentir isso. É algo que passa despercebido por muito jogadores, mas que faz uma diferença nos detalhes de quem gosta de apreciar. Não preciso mencionar que Lara está mais bela, carismática e humana possível. Expressões, olhares de medo, o balanço que o cabelo faz quando estamos no alto de alguma montanha, nos faz nos sentirmos próximos e de certo modo preocupado com a personagem, para não se machucar em um salto mais alto e o quanto ela está sofrendo por todos aqueles desafios que vemos e passamos com ela. Gosto de personagens assim, que nos faz conectar com ele e termos aquela sensação de perigo, como se a pessoa existe-se, onde enxergamos uma evolução do personagem desde o seu início até o fim da história.


A sensação de explorar a ilha inabitada, que também é um personagem da história é muito satisfatória e acrescenta o mistério para a trama, mesmo sendo um jogo linear. A exploração aqui é um fator que se manteve em relação ao original, pois existe itens que devemos coletar e armamentos que devemos fazer upgrade, caso não queremos sofrer nas mãos dos inimigos mais há frente. Por falar em original, como um amante de trilha sonora, não pude deixar de reparar nas referências ao jogo original de 1996. Uma delas é que em leves momentos, conseguimos notar umas leves notas do tema original do jogo clássico, em momentos de aflição onde Lara se encontra sozinha e reflexiva, deixando nuanças de que sabemos que, tudo o que Lara vai passar a partir daqui, é para ela se tornar a personagem forte que já conhecemos. E segundo, logo no início, se aproximando do local onde vamos fazer o primeiro acampamento, em um determinado momento, quando estamos andando, Lara dá aquela sua famosa parada, mexendo as penas e braços quando chega próxima de um precipício, igual no jogos dos anos 90. Não sei se isso foi proposital ou algum erro de código do jogo, mas gosto de pensar que aquilo foi feito de propósito, como uma referência para os fãs mais antigos da franquia.


Para concluir, não ouso dizer se essa Lara é melhor do que a clássica ou não, como já li em várias analise quando o jogo foi lançado na época em 2013. Confesso que gostei desta nova Lara mais humanizada, que sofre, chora pelos amigos e tem características e biótipo mais plausível com qualquer garota comum que vemos no dia a dia. Mas mesmo assim, não deixo de desgostar da Lara clássica dos anos 90, que para mim tem o seu charme e personalidade, onde mesmo com o 3D característico da época, a sua imagem vai está atrelada a personagem Lara Croft para sempre. A imagem e evolução da nova, não necessita apagar a imagem e a característica da antiga.

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